Wilson das Neves nasceu em 14 de junho de 1936 no Rio de Janeiro. Filho de pai pernambucano e mãe baiana, teve como primeiras influências a música de terreiro, iniciando sua carreira como baterista profissional nos anos 50 com apoio do baterista Edgard Rocca (Bituca). Com 21 anos de idade, integrou a orquestra de Permínio Gonçalves e passou acompanhar a pianista Carolina Cardoso de Meneses. Atuou, também, na trilha da peça “Orfeu da Conceição”, de Tom Jobim, além de acompanhar uma série de artistas e orquestras, em shows e gravações pelo Brasil e exterior.
Em 1964, fundou o grupo “Os Ipanemas”, lançando o LP que leva o nome do grupo e que se tornaria grande sucesso na Europa. No ano seguinte, passou a integrar as orquestras da TV Globo (do Rio) e TV Excelsior (de São Paulo). Em 1968, além de assumir o posto de baterista da orquestra da TV Tupi em São Paulo, foi convidado por Elza Soares para gravar o disco “Elza Soares / Baterista: Wilson das Neves” pela Odeon, onde lhe foi conferido um posto de destaque junto à cantora, que pode ser conferido – para além da capa – na faixa “Deixa isso pra lá” [ouça aqui].
Em 1996, lançou o disco “O som sagrado de Wilson das Neves” com músicas de sua autoria e em parcerias com Chico Buarque e Paulo Cesar Pinheiro, se revelando também como cantor e compositor, sendo contemplado pelo prêmio “Sharp”. Seguiu gravando e lançando discos como cantor e faturando prêmios como de “melhor canção” e “melhor álbum de samba”. Também atuou como ator, em 2006, no filme “Noel, Poeta da Vila”, direção de Ricardo Van Steen [veja aqui].
Músico extremamente habilidoso, dominou e desenvolveu de forma singular diversas correntes do samba – sobretudo no contexto do samba no prato –, gravando um impressionante acervo de importantes discos da música brasileira e tornando-se grande referência para o samba na bateria. Acompanhou mais de 600 artistas como Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Roberto Carlos, Elis Regina, Ney Matogrosso, Beth Carvalho, Tom Jobim, Wilson Simonal, Sarah Vaughan e Chico Buarque, com quem trabalhou por mais de 30 anos - gravando grande parte da discografia.
Músico reconhecido internacionalmente, foi um dos destaques na abertura dos Jogos Olímpicos de 2016 (no Brasil), representando a riqueza do samba e da cultura brasileira. Faleceu em 26 de agosto 2017, aos 81 anos, lutando contra o câncer.
Confira a seguir, 12 trabalhos que eternizam a obra e trajetória de Wilson das Neves:
Os Ipanemas (Os Ipanemas – 1964)
[ouça aqui]
Coisas (Moacir Santos - 1965)
[ouça aqui]
Elza Soares – Baterista: Wilson das Neves (1968)
[ouça aqui]
Egberto Gismonti (Egberto Gismonti - 1969)
[ouça aqui]
Em pleno verão (Elis Regina - 1970)
[ouça aqui]
Cartola 70 anos (Cartola - 1979)
[ouça aqui]
Linha de passe (João Bosco - 1979)
[ouça aqui]
Na fonte (Beth Carvalho - 1981)
[ouça aqui]
Pelas terras do Pau-Brasil (João Nogueira - 1984)
[ouça aqui]
O som sagrado de Wilson das Neves (Wilson das Neves – 1996)
[ouça aqui]
Um Brasileiro – Ney Matogrosso interpreta Chico Buarque (Ney Matogrosso – 1996)
[ouça aqui]
Carioca (Chico Buarque - 2007)
[assista aqui]
Referências:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro, Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
BARSALINI, Leandro. Modos de execução da bateria no samba. Campinas, Unicamp, 2014.
CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso: uma vida. Editora Lazuli LTDA, 2016.
DE MELLO, Zuza Homem. A era dos festivais: uma parábola. Editora 34, 2003.
Fontes complementares:
http://immub.org/
http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/
(Foto por Daryan Dornelles / divulgação) |
Em 1964, fundou o grupo “Os Ipanemas”, lançando o LP que leva o nome do grupo e que se tornaria grande sucesso na Europa. No ano seguinte, passou a integrar as orquestras da TV Globo (do Rio) e TV Excelsior (de São Paulo). Em 1968, além de assumir o posto de baterista da orquestra da TV Tupi em São Paulo, foi convidado por Elza Soares para gravar o disco “Elza Soares / Baterista: Wilson das Neves” pela Odeon, onde lhe foi conferido um posto de destaque junto à cantora, que pode ser conferido – para além da capa – na faixa “Deixa isso pra lá” [ouça aqui].
Capa do disco "Elza Soares - Baterista: Wilson das Neves" (ODEON - 1968) |
Em 1996, lançou o disco “O som sagrado de Wilson das Neves” com músicas de sua autoria e em parcerias com Chico Buarque e Paulo Cesar Pinheiro, se revelando também como cantor e compositor, sendo contemplado pelo prêmio “Sharp”. Seguiu gravando e lançando discos como cantor e faturando prêmios como de “melhor canção” e “melhor álbum de samba”. Também atuou como ator, em 2006, no filme “Noel, Poeta da Vila”, direção de Ricardo Van Steen [veja aqui].
Capa do disco "O som sagrado de Wilson das Neves" (1996) |
Músico extremamente habilidoso, dominou e desenvolveu de forma singular diversas correntes do samba – sobretudo no contexto do samba no prato –, gravando um impressionante acervo de importantes discos da música brasileira e tornando-se grande referência para o samba na bateria. Acompanhou mais de 600 artistas como Elizeth Cardoso, Clara Nunes, Roberto Carlos, Elis Regina, Ney Matogrosso, Beth Carvalho, Tom Jobim, Wilson Simonal, Sarah Vaughan e Chico Buarque, com quem trabalhou por mais de 30 anos - gravando grande parte da discografia.
Músico reconhecido internacionalmente, foi um dos destaques na abertura dos Jogos Olímpicos de 2016 (no Brasil), representando a riqueza do samba e da cultura brasileira. Faleceu em 26 de agosto 2017, aos 81 anos, lutando contra o câncer.
Confira a seguir, 12 trabalhos que eternizam a obra e trajetória de Wilson das Neves:
Os Ipanemas (Os Ipanemas – 1964)
[ouça aqui]
Coisas (Moacir Santos - 1965)
[ouça aqui]
Elza Soares – Baterista: Wilson das Neves (1968)
[ouça aqui]
Egberto Gismonti (Egberto Gismonti - 1969)
[ouça aqui]
Em pleno verão (Elis Regina - 1970)
[ouça aqui]
Cartola 70 anos (Cartola - 1979)
[ouça aqui]
Linha de passe (João Bosco - 1979)
[ouça aqui]
Na fonte (Beth Carvalho - 1981)
[ouça aqui]
Pelas terras do Pau-Brasil (João Nogueira - 1984)
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O som sagrado de Wilson das Neves (Wilson das Neves – 1996)
[ouça aqui]
Um Brasileiro – Ney Matogrosso interpreta Chico Buarque (Ney Matogrosso – 1996)
[ouça aqui]
Carioca (Chico Buarque - 2007)
[assista aqui]
Referências:
ALBIN, Ricardo Cravo. Dicionário Houaiss Ilustrado Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro, Instituto Antônio Houaiss, Instituto Cultural Cravo Albin e Editora Paracatu, 2006.
BARSALINI, Leandro. Modos de execução da bateria no samba. Campinas, Unicamp, 2014.
CABRAL, Sérgio. Elisete Cardoso: uma vida. Editora Lazuli LTDA, 2016.
DE MELLO, Zuza Homem. A era dos festivais: uma parábola. Editora 34, 2003.
Fontes complementares:
http://immub.org/
http://www.discosdobrasil.com.br/discosdobrasil/